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Carnaúba

Família: Arecaceae Schultz Sch.

Nome científico: Copernicia prunifera (Mill.) H.E.Moore 

Origem: Nativa - Endêmica do Brasil

Caracterização Morfológica

 A palmeira possui entre 7-10 m de altura, tronco cilíndrico com diâmetro entre 15-25 centímetros. Apresenta tronco do tipo estipe, com pecíolos primitivos na sua base, o que confere as protuberâncias espiraladas. As folhas são palmadas, com pecíolos medindo 1-1,5 m de comprimento. A inflorescência em formato de cachos é constituída por pequenas flores amareladas. O fruto é do tipo baga, ovóides, passando de verde para negro quando maduro.

Ocorrência e distribuição

A espécie é considerada endêmica da  flora brasileira, ocorrendo na região Norte (Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e Centro-Oeste (Mato Grosso), fazendo parte dos domínios fitogeográficos da Caatinga e Cerrado.

Aspectos ecológicos

Fenologia: Floração ocorre mais de uma vezes ao ano, com inicio em junho e dezembro, com frutificação nos meses de junho, julho e dezembro. 

Status de conservação: Não consta na lista vermelha de espécie ameaçada de extinção, porém, há na região Nordeste pela invasão da espécie exótica Cryptostegia madagascariensis, na qual impede a C. prunifera realizar o seu processo fotossintético. 

Utilidades econômicas 

A carnaubeira é uma espécie com importância cultural, social e com diversas utilidades econômicas. A sua madeira é muito usada na construção civil e móveis rústicos. A partir da folha é extraído a cera que é utilizada na produção de acessórios de informática, tintas e cosméticos. A folha seca é usada na confecção de artesanato, como: chapéus, bolsas, esteiras e utensílios domésticos. A raiz possui propriedades medicinais, podendo tratar depurativos e diuréticos. O fruto é usado na alimentação humana e ração animal (suínos).

Referências
  1. ALVES, M. O; COÊLHO, J. D. Extrativismo da carnaúba: relações de produção, tecnologia e mercados. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2008.
  2. BARBOSA, E. M. BONILLA, O. H; LUCENA, E. M. P;  ANDRADE, L. M. Estrutura de um fragmento de Caatinga infestado por Cryptostegia madagascariensis Bojer Ex Decne1. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 12, n. 05, p. 1952-1966, 2019.
  3. CERQUEIRA, E. B; GOMES, J. M. A. Desmatamento da carnaúba (Copernicia prunifera (Mill.) HE Moore) em Campo Maior-PI. GeoTextos, v. 13, n. 2, 2017.
  4. FLORA DO BRASIL. Copernicia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15706>. Acesso em: 08 jul. 2021
  5. MAIA-SILVA, C; SILVA, C. I; HRNCIR, M. QUEIROZ, R. T; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. Guia de plantas visitadas por abelhas na Caatinga. Fortaleza: Fundação Brasil Cidadão, v. 196, 2012.
  6. SILVA, M. L. M. D; ANDRADE, L. A. D; SOUZA, E. M. D; SILVA, P. C. D. C. Aspectos reprodutivos e potencial de emergência de plântulas de Cryptostegia madagascariensis Bojer ex Decne. Ciência Florestal, v. 27, p. 1297-1309, 2017.
  7. ROCHA, T. G. F. SILVA, R. A. R., DANTAS, E. X., & VIEIRA, F. D. A. Fenologia da Copernicia prunifera (Arecaceae) em uma área de caatinga do Rio Grande do Norte. Cerne, v. 21, p. 673-681, 2015.
  8. SOUSA, F. Q; ANDRADE, L. A; XAVIER, K. R. F. Cryptostegia madagascariensis Bojer ex Decne.: impactos sobre a regeneração natural em fragmentos de caatinga. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 11, n. 1, p. 39-45, 2016.
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