
Aroeira-do-sertão
Família: Anacardiaceae R. Br.
Nome científico: Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl.
Origem: Nativa - Não é endêmica do Brasil
Caracterização Morfológica
Astronium urundeuva é uma árvore conhecida popularmente como Aroeira-do-sertão. A espécie pode alcançar entre 5-20 m de altura, com até 30 centímetros de diâmetro. Apresenta tronco ereto, com casca castanho escuro e copa larga de ramos finos. As folhas são compostas, imparipinadas, alternas, com 11 a 15 folíolos. A inflorescência é disposta em panículas terminais, constituídas por flores pequenas, amarelas ou verde claro. O fruto é do tipo drupa, globosa ou ovóide; quando imaturo é de cor verde- claro passando a vinho quando maduro. A semente é difícil de ser removida do fruto, sendo considerada fruto semente, pois o cálice persistente.
Ocorrência e distribuição
Nativa e não endêmica do Brasil, A. urundeuva possui ocorrências nas regiões Norte (Acre, Rondônia, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina), fazendo parte dos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.




Aspectos ecológicos
Árvore caduca, heliófita, xerófita, comumente encontrada em solos secos e rochosos, mas podem ocorrer em outros tipos de solos com boa drenagem. É uma espécie melífera, sendo suas flores polinizadas pela abelha irapuãs.
Fenologia: Na região semiárida a floração ocorre na transição do quadro chuvoso-seca, com a espécie despida de folhagem e após os três anos de idade.
Status de conservação: Não avaliada quanto a ameaça de extinção (NE).
Utilidades econômicas
Nos aspectos econômicos, a madeira da Aroieira-do-sertão é usada em construção civil e carpintaria e em obras em obras externas como mourões, estacas, vigas; madeira de boa qualidade para lenha e carvão. Na medicina tradicional, utiliza-se a casca, folhas e raízes como adstringente, para tratar inflamações na garganta, gastrite, doenças respiratórias, servindo também para regular o ciclo menstrual, inflamações cutâneas e úlceras
Referências
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FLORA DO BRASIL Anacardiaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB115185>. Acesso em: 08 jul. 2021
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MAIA, G. N. Caatinga árvores e arbustos e suas utilidades. Leitura & Arte, Ed.: São Paulo, 2012.