
Angico
Família: Fabaceae Lindl.
Nome científico: Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
Origem: Nativa - Não é endêmica do Brasil
Caracterização Morfológica
Anadenanthera colubrina é uma árvore conhecida como Angico. Possui entre 6-18 m de altura e tronco de 30 centímetros de diâmetro, dependendo das características ambientais. O tronco é avermelhado, rugoso e com protuberâncias cônicas. As folhas são bipinadas, alternas; com 14-30 pares de pinas, 41-56 pares de foliólulos, apresentando nectário vináceo, oblongo, localizado no pecíolo, entre o pecíolo e o primeiro par de pinas. A inflorescência em glomérulo é disposta em panículas terminais ou axilares. As flores são pentâmeras, brancas e perfumadas. O fruto é do tipo folículo com válvulas glabras. As sementes são orbiculares, planas, glabras e escuras.
Ocorrência e distribuição
Apesar de ser uma espécie nativa, não é endêmica do Brasil, com ocorrência na Argentina, Venezuela e Bolívia. Na região Nordeste do Brasil a espécie ocorre nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, fazendo parte dos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.
Aspectos ecológicos
Espécie caducifólia, heliófita, com preferência a solos arenosos a agiloso, profundo e bem drenado. É uma espécie melífera, sendo geralmente polinizada por abelhas e pequenos insetos.
Fenologia: A floração inicia no mês de dezembro a janeiro e frutifica de janeiro a julho.
Status de conservação: Não avaliada quanto a ameaça de extinção (NE).
Utilidades econômicas
Nos aspectos econômicos a madeira do angico é utilizada em carpintaria, marcenaria e para construções rurais e civis por ter grande durabilidade. Na medicina popular, a casca é usada para tratar tosse, bronquite e infecções das vias respiratórias. A partir da realização da infusão da casca, esta pode ser usada como adstringente, antigripais e anti-inflamatória. É uma espécie utilizada na arborização e como forragem.
Referências
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AMORIM, L. D. M; SOUSA, L. O. F; OLIVEIRA, F. F. M; CAMACHO, R. G. V; MELO, J. I. M. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia, v. 67, n. 1, p. 105-124, 2016.
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MAIA, G. N. Caatinga árvores e arbustos e suas utilidades. Leitura & Arte, Ed.: São Paulo, 2012.
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QUEIROZ, L. P. Leguminosas da Caatinga 2009.
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