
Cumaru
Família: Fabaceae Lindl.
Nome científico: Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm.
Origem: Nativa - Não endêmica do Brasil
Caracterização Morfológica
A espécie pode alcançar entre 5-10 m de altura e tronco de 20-30 centímetros de diâmetro. O tronco liso apresenta muitas lenticelas brancas e casca descamante avermelhada. As folhas são compostas imparipinadas, dísticas, com pecíolo de 14-17 mm de comprimento e a raque de 7-10 centímetros. A inflorescência em panícula terminal é do tipo espiga curta, a qual é constituída por flores brancas com tons rosados e somente uma pétala (estandarte). O fruto é um legume, deiscente bivalvar, contendo uma semente alada, elipsóide, localizada na parte distal.
Ocorrência e distribuição
Amburana cearensis é uma espécie nativa do Brasil e não endêmica, ocorrendo na Argentina, Bolívia, Equador e Peru. No Brasil, tem ampla distribuição na região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), mas também ocorre no Norte, Centro-Oeste e Sudeste, fazendo parte dos domínios fitogeográficos da Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Mata Atlântica e Pantanal.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.

Autor da imagem: Sampaio, V. S.
Aspectos ecológicos
É uma espécie decídua, xerófita, heliófita, perdendo as suas folhas durante a estação seca, sendo adaptada a vários tipos de solos.
Fenologia: Floração: Floração inicia em maio a junho e a Frutificação de agosto a setembro.
Status de conservação: Quase ameaçada (NT).
Utilidades econômicas
Amburana cearensis é utilizada na carpintaria, produção de perfumes e fármacos. A madeira apresenta grande durabilidade, sendo usada na produção de móveis, portas, janelas e caixotes. As sementes servem como aromatizantes e repelentes. Estas quando trituradas servem como pó para espirros e congestão nasal. A casca é utilizada como lambedor para tratar doenças respiratórias.
Referências
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BARACUHY, J. G. O; FURTADO, D. A; FRANCISCO, P. R. M; LIMA, J. D; PEREIRA, J. P. G. Plantas Medicinais de uso comum no Nordeste do Brasil. Campina Grande: UFCG, 2016.
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